domingo, 28 de março de 2010

O Sentido da Páscoa

A palavra PÁSCOA significa "passagem", tanto para os judeus quanto para os Cristãos.
No sentido Judaico, a Páscoa (Êxodo 12:18,19; 13:3-10) é a comemoração da saída do povo de Israel da escravidão do Egito. Começa no décimo quarto, à tarde- isto é, no princípio de décimo quinto dia de Abide ou Nisã, com a refeição sacrificial, quando um cordeiro ou um cabrito inteiro era assado e comido pelos membros duma família com ervas amargas e pães ázimos (sem fermento); nessa ocasião o chefe da família contava a história da redenção do Egito. Os sacrifícios significavam expiação e dedicação; as ervas amargas faziam lembrar da amargura da servidão egípcia; os pães ázimos simbolizavam a pureza (Lev.2:11).
Para os cristãos (católicos e protestantes) a Páscoa simboliza a morte e ressurreição vicária de Cristo, bem como a promessa de ressurreição e 2a vinda.
Pois já diz o catecismo da igreja Catolica:
1150- Sinais da Aliança, o povo eleito recebe de Deus sinais e símbolos distintivos, que marcam a sua vida litúrgica: já não são unicamente celebrações de ciclos cósmicos e práticas sociais, mas sinais da Aliança, símbolo das grandes obras de Deus em favor do seu povo. Entre estes sinais litúrgicos da Antiga Aliança, podem citar-se a circuncisão, a unção e a sagração dos reis e dos sacerdotes, a imposição das mãos, os sacrifícios e sobretudo a Páscoa. A Igreja vê nestes sinais uma prefiguração dos sacramentos da Nova Aliança.
1169 - É por isso que a Páscoa não é simplesmente uma festa entre outras; é a "festa das festas", "solenidade das solenidades", tal como a Eucaristia é o sacramento dos sacramentos (o grande sacramento). Santo Atanásio chama-lhe "o grande domingo" (ep. fest., 329), tal como a Semana Santa é chamada no Oriente "a semana maior". O mistério da Ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra o nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido.
1334 - Na Antiga Aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primícias da terra, em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas também recebem um novo significado no contexto do Êxodo: os pães ázimos, que Israel come todos os anos na Páscoa, comemoram a pressa da partida libertadora do Egipto; a lembrança do maná do deserto recordará sempre a Israel que é do pão da Palavra de Deus que ele vive. Finalmente, o pão de todos os dias é o fruto da terra prometida, penhor da fidelidade de Deus às suas promessas. O "cálice de bênção" (1Co 10, 16), no fim da ceia pascal dos judeus, acrescenta à alegria festiva do vinho uma dimensão escatológica - a da expectativa messiânica do restabelecimento de Jerusalém. Jesus instituiu a Eucaristia, dando um sentido novo e definitivo à bênção do pão e do cálice.
1339 - Jesus escolheu a altura da Páscoa para cumprir o que tinha anunciado em Cafarnaum: dar aos seus discípulos o seu Corpo e o seu Sangue:
Veio o dia dos Ázimos, em que devia imolar-se a Páscoa. Jesus enviou então a Pedro e a João, dizendo: "Ide preparar-nos a Páscoa para que a possamos comer" (...). Partiram pois, (...) e prepararam a Páscoa. Ao chegar a hora, Jesus tomou lugar à mesa, e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes então: "Tenho ardentemente desejado comer convosco esta Páscoa, antes de padecer. Pois vos digo que não mais a comerei, até que ela se realize plenamente no Reino de Deus". (...) Depois, tomou o pão e, dando graças, partiu-o, deu-lho e disse-lhes: "Isto é o Meu corpo, que vai ser entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim". No fim da Ceia, fez o mesmo com o cálice e disse: "Este cálice é a nova Aliança no meu Sangue, que vai ser derramado por vós" (Lc 22, 7-20).
1340 - "Celebrando a última Ceia com os Apóstolos, no decorrer da refeição pascal, Jesus deu o seu sentido definitivo à Páscoa judaica. Com efeito, a passagem de Jesus para o Pai, por sua Morte e Ressurreição - a Páscoa nova - é antecipada na Ceia e celebrada na Eucaristia, que cumpre a Páscoa judaica e antecipa a Páscoa final da Igreja na glória do Reino".
1363 - No sentido da Sagrada Escritura o memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus fez por amor dos homens. Na celebração litúrgica destes acontecimentos, eles tornam-se de certo modo presentes e actuais. É assim que Israel entende a sua libertação do Egito: sempre que se celebrar a Páscoa, os acontecimentos do Êxodo são tornados presentes à memória dos crentes, para que conformem com eles a sua vida.
Para concluir uma oração:
"Ó Senhor, nosso Deus, dá-nos a graça de te desejar com todo o nosso coração; e que o nosso desejo nos leve a buscar-te e a encontrar-te; e que, encontrando-te, possamos amar-te. E que, amando-te, possamos odiar aqueles pecados de que nos redimistes." Santo Anselmo

Um comentário:

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