segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Carta de Bento XVI aos seminaristas na conclusão do Ano Sacerdotal

Queridos Seminaristas,

Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta "nova Alemanha" estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes. Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma "profissão" do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objeções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: "Até os cabelos da vossa cabeça estão contados". Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.

O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote sozinha. É necessária a "comunidade dos discípulos", o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar – olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário – alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.

1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um "homem de Deus", como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do "big-bang". Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar conosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contato com Deus. Quando o Senhor fala de "orar sempre", naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contato interior com Deus. Exercitar-se neste contato é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo fato de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.

2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho "o pão nosso de cada dia nos dai hoje" dizendo que o pão "nosso", que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão "nosso"; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma reta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.

3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o fato de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos, mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.

4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande patrimônio da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos "Povo de Deus".

5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma "norma da doutrina", à qual fomos entregues no Batismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: "Sempre prontos a responder […] a todo aquele que vos perguntar 'a razão' (logos) da vossa esperança" (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, refletindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecumênica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e – ouso dizer – a amar o direito canônico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.

6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente "íntegro". Por isso, a tradição cristã sempre associou às "virtudes teologais" as "virtudes cardeais", derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: "Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento" (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.
7. Hoje os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade. O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.

Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à proteção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus onipotente Pai, Filho e Espírito Santo.

Dado no Vaticano, aos 18 de Outubro - Festa de São Lucas, Evangelista - do ano de 2010.

Vosso no Senhor.



fonte:
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=278361

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

VIDA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

São Francisco nasceu em 1181/1182 em Assis na Itália, foi batizado com o nome de Giovanni di Pietri, mas seu nome foi mudado pouco tempo depois para Francisco, pois seu pai Petri di Bernardone era comerciante e viajava muito a França, mudou o nome do filho em homenagem ao local que fazia bons negócios.

Em 1198 acontece um conflito em Assis, entre a nobreza e os comerciantes. Os nobres se refugiam em Perusa uma pequena cidade próxima de Assis, onde São Francisco ficou preso por um ano até o ano de 1204. Em Perusa também estava a família de Clara.

Ao voltar para Assis, São Francisco doente começa sua conversão gradual, se dedica a dar esmolas e oferece até suas roupas aos pobres, tem visões e começa a desprezar o dinheiro e as coisas mundanas. Até que ele se encontra com um leproso, lhe dá esmola e um beijo, e este acontecimento marcou tanto a vida dele que, dos muitos fatos ocorridos em sua vida, este foi o primeiro que entrou em seu Testamento, "pois o que antes era amargo se converteu em doçura da alma e do corpo".

Outros encontros afirmaram ainda mais a vocação de São Francisco, nas ruínas da da igraja São Damião recebeu do crucificado o mandato de restaurar a Igreja. Obediente ao mandato, São Francisco pôs-se logo a trabalhar. Reconstruiu três pequenas igrejas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro.

Seu pai, envergonhado do novo gênero de vida adotado por Francisco, queixou-se ao bispo de Assis da prodigalidade do filho e, diante do prelado, pediu a Francisco que lhe devolvesse o dinheiro gasto com os pobres. A resposta foi a renúncia à vultosa herança: despindo, ali, suas vestes, Francisco exclamou: "... doravante não direi mais pai Bernardone, mas Pai nosso que estás no céu..."

A partir desse momento passa a viver na pobreza, e inicia a ordem franciscana, cresce o número de companheiros, 1209 já são 12. Cria uma regra muito breve e singela, que o papa Inocêncio III aprova em 1210, e cujas diretrizes principais eram pobreza e humildade, surge assim a Fraternidade dos Irmãos Menores, a Primeira Ordem.

No Domingo de Ramos de 1212, uma nobre senhora, chamada Clara de Favarone, foi procurar Francisco para abraçar a vida de pobreza. Alguns dias depois, Inês, sua irmã, segue-lhe o caminho. Surge a Fraternidade das Pobres Damas, a Segunda Ordem. Aqueles que eram casados ou tinham suas ocupações no mundo e não podiam ser frades ou irmãs religiosas, mas queriam seguir os ideais de Francisco, não ficaram na mão: por volta de 1220, Francisco deu início à Ordem Terceira Secular para homens e mulheres, casados ou não, que continuavam em suas atividades na sociedade, vivendo o Evangelho.

A Ordem Francisca cresceu com o passar dos anos. Em 1219 houve uma grande expansão para a Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos e França. Neste mesmo ano São Francisco vai em missão para o Oriente. Durante sua ausência, vigários modificam algumas regras da Ordem e no mesmo ano de 1219 São Francisco se demite da direção da Ordem.

Com o crescimento da Ordem, quase 5.000 frades em 1221, uma nova regra foi escrita por São Francisco em 29 de novembro de 1223 que foi aprovada pelo papa Honório. É a que vigora até hoje.

Em 1224 no dia 17 de setembro São Francisco recebeu as chagas de Jesus crucificado em seu próprio corpo, este fato ocorreu no Monte Alverne, um dos eremitérios dos frades.

Os últimos escritos de São Francisco são entre 1225 e 1226, dentre eles o Cântico das Criaturas e o Testamento. Nestes mesmos dois anos, Francisco vai a vários lugares da Itália para tratar de suas vistas. Passa por diversas cirurgias. Morre aos 03 de outubro de 1226, num sábado.

Morreu nu aquele que começou a vida de conversão nu na praça de Assis diante do bispo, do pai e amigos. Morreu ouvindo o Evangelho de João, onde se narra a Páscoa do Senhor, aquele que recebeu os primeiros companheiros após ouvir o Evangelho do envio dos apóstolos. Foi sepultado no dia 04 de outubro de 1226, Domingo, na Igreja de São Jorge, na cidade de Assis.

São Francisco de Assis foi canonizado em 1228 por Gregório IX e seu dia é comemorado em 04 de outubro.

Em 25 de maio de 1230 os ossos de São Francisco foram levados da Igreja de São Jorge para a nova Basílica construída para ele, a Basílica de São Francisco, hoje aos cuidados dos Frades Menores Conventuais


ORAÇÃO DA PAZ 

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

ELEIÇÕES 2010

 ORIENTAÇÕES DA IGREJA CATOLICA PARA AS ELEIÇÕES 2010

"Assim como os 10 mandamentos, que são orientações, o panfleto ressalta 10 pontos que acreditamos ser importantes na hora da escolha do voto. O objetivo é ajudar na construção da cidadania", explicou o secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB, Daniel Seidel.
"Para nós, ser ficha limpa é o básico", afirmou. Ele alertou que é importante que os eleitores conheçam a história dos candidatos, quem financia sua campanha e quais são suas propostas de governo, e que além dos candidatos à altos cargos como presidência e governo de estado, os deputados também requerem atenção, já que eles fazem parte da construção política e da democracia.
De acordo com ele, o informativo já começou a ser distribuído pela Comissão Justiça e Paz e as paróquias que receberem o material devem fazer a distribuição ao final das celebrações eucarísticas. Daniel ressaltou que o material será distribuído também nas ruas e outros locais públicos, já que a idéia é alcançar todos os eleitores, e não apenas os católicos.
Em todos os estados brasileiros, os Comitês 9840, que acompanham o histórico dos candidatos, sobretudo, se são ou não ficha limpa, também receberão o material para divulgação, segundo informou Daniel. Uma versão eletrônica do panfleto também está sendo preparada para chegar ao maior número possível de pessoas.
Daniel disse que a expectativa é fazer com que o eleitor tenha cuidado com seu voto e acompanhe o trabalho do candidato que escolheu. "Nosso objetivo é tornar o eleitor mais consciente dos seus atos", informou.

Entre as orientações, a CNBB enfatiza que o poder político surge do povo e que votar é um exercício importante da cidadania. A entidade destaca que os bons candidatos devem apresentar propostas de solução para grandes problemas como a superação da pobreza, a promoção de uma economia que estimule a inclusão e melhor distribuição da renda, educação de qualidade, etc.
"Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas ideias e as propostas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados", aconselham os bispos. Eles alertam ainda que os candidatos devem respeitar a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.
No panfleto, a CNBB chama a atenção para a existência de candidatos que representam apenas o interesse de um grupo específico ou de uma minoria, alertando que "o bom governante governa para todos".
E finalizam alertando que "votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parlamentares, para cobrar deles a coerência para com as promessas de campanha e apoiar as decisões acertadas".


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

CAMPANHA DA FRARTERNIDADE 2011





A Campanha da Fraternidade 2011 tem como tema "Fraternidade e a vida no planeta" e lema "A criação geme em dores de parto".

ÁREA DO S. FRANCISCO PROMOVE GINCANA VOCACIONAL E MISSIONÁRIA

“DIOCESE DE PETROLINAUMA IGREJA EM MISSÃO”
Serviço de Animação Vocacional Missionária - SAVM
III GINCANA VOCACIONAL MISSIONÁRIA – 19/09/2010
TEMA: “DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A SERVIÇO DAS VOCAÇÕES”

CARTA-CONVITE



O Serviço de Animação Vocacional Missionária (SAVM) convida as paróquias da área São Francisco para a 3ª GINCANA VOCACIONAL MISSIONÁRIA.

Objetivo Geral:
Favorecer a integração dos jovens, adolescentes e paroquianos, cultivando o espírito humano , fraterno e missionário, em um clima de profunda amizade, alegria, solidariedade, que gere a presença de Jesus entre nós.

Objetivos Específicos:
 Refletir, através de diversas atividades religiosas, culturais e brincadeiras, sobre nossa busca de sermos cada vez mais discípulos/as e Missionários/as de Jesus Cristo.
 Conhecer a importância do SAVM Diocesano e Paroquial.
 Divulgar e valorizar todas as vocações e ministérios dentro da Igreja.
 Ser incentivo aos jovens na sua opção de vida, fazendo um processo para o discernimento vocacional.
 Refletir sobre o processo sócio-político a fim de ter uma consciência crítica diante das propostas dos candidatos na eleição - 2010.

Destinatários: Crianças, adolescentes, jovens e paroquianos da área São Francisco.
Responsáveis: Equipe do SAVM diocesano e paroquial, PJ, pastorais e movimentos que quiserem voluntariamente juntar-se a nós nessa Maratona Vocacional.
Data: 19 / 09
Local : Quadra do Colégio N. Senhora Auxiliadora.
Hora : Das 8h às 19h

Observação.:

 Cada paróquia formará uma equipe, com jovens das diversas pastorais e movimentos, e escolherá dois líderes que serão os articuladores da equipe juntamente com o SAVM da Área
 O Lançamento da gincana com entrega aos jovens e agentes da EVP (Equipe Vocacional Paroquial) da ficha de inscrição, regulamento e tarefas prévias no dia 06 de julho às 18h30 no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.
 Cada equipe deverá ter 30 participantes credenciados (ou seja, aqueles que cumprirão as tarefas prévias e surpresas).
 A taxa de inscrição será de R$ 2,00 por cada participante credenciado.
 Além desses inscritos a paróquia deverá organizar a torcida (com jovens, adolescentes, crianças e adultos) - Essa tarefa valerá ponto.

Alimentação desse dia: Fica a critério dos participantes

 Até o dia 03/07 a EVP e Setor Juventude da Área deverão articular com todos os segmentos da Paróquia e motivá-los para a participação na 3ª GINCANA VOCACIONAL MISSIONÁRIA.
 Todas as orientações serão dadas no dia 06 de julho no dia do lançamento.
 As tarefas prévias e o regulamento serão entregues no dia 06/07
 A ficha de inscrição com a taxa (R$ 60,00), deverão ser entregues até dia 08/08 no Palácio para Rita.
 Haverá duas barracas com comes e bebes.


Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações (Jo 17,19a)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CAMPANHA MISSIONARIA 2010



A Campanha Missionária, promovida e coordenada pelas Pontifícias Obras Missionárias, propõe para este ano de 2010 o tema Missão e Partilha, e, como lema, Ouvi o Clamor do Meu Povo (cf. Ex 3,7b).
O tema Missão e Partilha remete à Campanha da Fraternidade deste ano, a qual todo ano buscamos resgatar, com enfoque e dimensão missionária. O lema Ouvi o Clamor do Meu Povo recorda o Êxodo do povo de Israel, e os muitos "êxodos" dos povos atuais.

Também nos remete ao tema da migração, mobilidade humana, do ser peregrinos, lembrando-nos permanentemente que o horizonte da Missão é o mundo, a humanidade no seu todo.
O cartaz traz um fundo verde, sinal de esperança. A Missão alimenta, fortalece nossa fé, esperança e caridade, mantém-nos no caminho da fidelidade a Deus e à humanidade, Povo de Deus (LG 2).

A água remete ao valor e a dignidade da vida como elemento vital para o planeta, onde vive e está inserida a humanidade. Aqui, especificamente, remete-nos à realidade amazônica, com sua rica biodiversidade. Lembramos que a última semana do outubro, dedicada à Amazônia, vem inserida no contesto do Mês das Missões.

O barco faz alusão à figura bíblica da Igreja Peregrina que "navega" pelos mares da história da humanidade. Nela se destaca a figura de Jesus Cristo. É Ele quem dá segurança: "Não tenham medo... Avancem para águas mais profundas!" (cf. Mt 4,18). Ao mesmo tempo aponta para o horizonte amplo e universal da Missão, que é o mundo, a humanidade. A Missão não tem fronteiras!

Destaca-se ainda a figura dos índios, etnias vivas e presentes na realidade amazônica, do Brasil e de outros países. Povos que nos acolheram, abrindo-se à Boa-Nova do Evangelho, e que precisam ser respeitados e valorizados, como portadores de valores evangélicos já presentes, quais "sementes do Verbo Encarnado" que estabeleceu morada definitiva junto à humanidade e que, portanto, chegou lá muito antes que o missionário. Contudo, este poderá, sim, ajudar no processo de explicitação da Verdade e Pessoa de Jesus Cristo, como nosso Senhor e Salvador, já atuante e presente na história salvífica da humanidade.


Fonte: Imprensa Missionária - Pe. Jaime Patias - Padre Daniel Lagni, diretor Nacional das POM do Brasil.

sábado, 31 de julho de 2010

Sagração do bispo da nova diocese de Salgueiro será em setembro

Foi marcada para 17 de setembro a sagração episcopal do monsenhor Magnus Henrique Lopes, nomeado bispo da recém-criada diocese de Salgueiro, no estado do Pernambuco. A cerimônia será às 19 horas, na Catedral da arquidiocese de Natal (RN).

A instalação canônica da nova diocese será no dia 12 de outubro, às 16h, quando será dada posse ao seu primeiro bispo. Monsenhor Magnus escolheu como lema episcopal um versículo da carta de São Paulo aos Filipenses: "Tudo posso naquele que me fortalece”.

Guardião e ecônomo do Convento Santo Antônio, em Natal, mons. Magnus, que é franciscano capuchino, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como primeiro bispo da nova diocese de Salgueiro no dia 16 de junho.

A diocese de Salgueiro foi desmembrada das dioceses de Petrolina e de Floresta, ambas no estado de Pernambuco. Será composta pelos seguintes municípios: Salgueiro, Verdejante, Cedro, Serrita, Terra Nova, Parnamirim, Granito, Moreilândia, Exu, Bodocó, Ouricuri, Trindade, Ipubi, Araripina e Cabroró.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ROMARIA DE SANTA CRUZ DA VENERADA



" Disipulos de Jesus Cristo, Romeiros Missionarios no caminho da Santa Cruz"

Ja se aproxima a grande romaria da santa cruz da venerada. De 24 a 25 de julho será realizado mais um encontro de irmãos em Santa Cruz da Venerada. Este ano o tema lembrará que somos discipulos de Jesus. O cristão é alguém que faz da vida uma missão. Intensa programação está preparada para acolher os romeiros que, a cada ano, é sempre em número maior e gente de todas as idades ja se arrumam para entrar em romaria.

DNJ 25 ANOS DE HISTORIA

Muita reza, muita luta e muita festa

Estamos em Jubileu! Em 2010, completam-se 25 anos de celebração do Dia Nacional da Juventude. Esta é uma história de muita reza, muita luta e muita festa! Um caminho feito pelos/as próprios/as jovens, e amigos/as da juventude, em todos os cantos deste país. São 25 anos de razões para celebrar a vida da juventude, lutar por direitos, defender a vida, celebrar a fé, semear sinais do Reino!!!
Olha o tamanho da história do DNJ, todos os temas e lemas que animaram a juventude na defesa da vida, embalaram nossas bandeiras na busca do sonho:
1985 - DNJ: Construindo uma Nova Sociedade
1986 - DNJ: Juventude e Terra - Rumo à terra prometida
1987 - DNJ: Juventude e Participação - Juventude, Presença e Participação
1988 - DNJ: Juventude, Libertação na Luta do Povo - Mulher, Negro, Índio e Eleições
1989 - DNJ: Juventude e Educação - Juventude, cadê a Educação?
1990 - DNJ: Juventude e Trabalho - Juventude: do nosso suor, a riqueza de quem?
1991 - DNJ: Juventude e América Latina - Latino-americanos, porque não?
1992 - DNJ: Juventude e Ecologia - Ouça o ECO(logia) da Vida
1993 - DNJ: Juventude e AIDS - Um grito por solidariedade
1994 - DNJ: Juventude e Cultura - Nossa cara, Nossa Cultura
1995 - DNJ: Juventude e Cidadania - Construindo a Vida
1996 - DNJ: Juventude e Cidadania - Quero ver o novo no poder
1997 - DNJ: Juventude e Direitos Humanos - A vida floresce quando a Liberdade Acontece
1998 - DNJ: Juventude e Direitos Humanos - Nas asas da Esperança gestamos a mudança
1999 - DNJ: Juventude e Dívidas Sociais - Vida em Plenitude, Trabalho pra Juventude
2000 - DNJ: Juventude e Dívidas Sociais - Jubileu da Terra, um Sopro de Vida
2001 - DNJ: Políticas Públicas para a Juventude - Paz, Dom de Deus! Direito da Juventude
2002 - DNJ: Políticas Públicas para a Juventude - A vida se tece de sonhos
2003 - DNJ: Políticas Públicas para a Juventude - Lancemos as redes em águas mais profundas
2004 - DNJ: Políticas Públicas para a Juventude - A gente quer fazer valer nosso suor... A gente quer do bom e do melhor
2005 - DNJ: Políticas Públicas para a Juventude - Juventude vamos lutar! Chegou a hora do nosso sonho realizar
2006 - DNJ: Políticas Públicas para a Juventude - Juventude que ousa sonhar constrói um Brasil popular
2007 - DNJ: Juventude e Meio Ambiente - É Missão de todos nós. Deus chama: eu quero ouvir a tua voz
2008 - DNJ: Juventude e os Meios de Comunicação - Queremos pautar as razões de nosso viver
2009 - DNJ: Contra o extermínio da juventude, na luta pela vida - Juventude em Marcha contra a violência
2010: Tema: DNJ 25 anos: celebrando a memória e transformando a história
Lema: Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, em marcha contra a violência

Fonte: http://www.dnj25anos.redejuventude.org.br/
http://setordiocesanodajuventude-petrolina.blogspot.com/

 

quarta-feira, 16 de junho de 2010

CARTA DE DOM PAULO CARDOSO BISPO DE PETROLINA AOS PADRES DA NOVA DIOCESE DE SALGUEIRO.

Aos Padres da Diocese de Petrolina.

ANUNCIO-VOS UMA GRANDE ALEGRIA:
“TEMOS UMA NOVA DIOCESE COM SEDE EM SALGUEIRO!”

1. É com imenso júbilo que lhes comunico que, nesta data histórica de 16 de junho de 2010, no horário do meio dia, é publicada em Roma, pelo órgão oficial do Vaticano, o jornal “l’Osservatore Romano”, a faustosa notícia da criação de uma nova Diocese, com sede em Salgueiro. Ao mesmo tempo, é também anunciada a nomeação, pelo Santo Padre Bento XVI, do primeiro bispo, na pessoa do Revmo. Padre Frei Magnus Henrique Lopes, atualmente superior do Convento Santo Antônio, dos Frades Capuchinos de Natal.

2. “Diocese é uma porção do povo de Deus confiada ao pastoreio do Bispo com a cooperação do presbitério, de modo tal que, unindo-se ela a seu pastor e, pelo Evangelho e pela Eucaristia, reunida por ele no Espírito Santo, constitua uma Igreja particular, na qual está verdadeiramente presente e operante a Igreja de Cristo una, santa, católica e apostólica” (cân. 369).

3. A nova diocese terá a seguinte área de abrangência: Salgueiro, Verdejante, Cedro, Serrita, Terra Nova, Parnamirim, Granito, Moreilândia, Exu, Bodocó, Ouricuri, Trindade, Ipubi e Araripina, além do município de Cabrobó, até agora pertencente à diocese de Floresta.

4. Na firme certeza de que este esperado anúncio significa de fato uma grande alegria para todos, Padres e População católica, cabe de maneira especial aos Padres uma adesão plena e entusiasmada ao novo “Projeto de Igreja” que a partir de agora lhes cabe construir.

5. Fique bem claro, para os Padres e para o Povo de Deus, que a Diocese compreende todas as Paróquias, cabendo à cidade de Salgueiro ser apenas ser a Sede, por evidentes razões de ordem administrativa e de coordenação pastoral.

6. Insisto, pois, que é fundamental que desde o início, nas Paróquias da nova circunscrição, seja simultaneamente “construída” uma verdadeira “cultura de diocese”, Para tanto é de fundamental importância o empenho dos padres. Que cresça em todos, Pastores e fiéis, esta profunda e alegre convicção: “Nós somos a nova diocese com sede na cidade de Salgueiro”.

7. Todos sejam, portanto, motivados para uma ampla participação, acolhendo em espírito de fé católica, com alegria e entusiasmo, este verdadeiro presente divino que lhes estará sendo concedido: Constituirão a nova ‘Igreja de Deus’, com sede em Salgueiro, criada e enviada para a Missão de anunciar Jesus e de construir a vida plena para todos.

8. A partir do anúncio, o recém-nomeado primeiro Bispo, Dom Frei Magnus, terá um prazo de três meses para se preparar para a Sagração episcopal, em data e lugar a serem brevemente anunciados.

9. A instalação oficial e a posse do novo bispo acontecerão dentro de um mês, a partir da Sagração. Como o Núncio Apostólico já nos comunicou sua intenção de estar presente, caber-lhe-á a sugestão de uma data que lhe possibilite o comparecimento.

10. De imediato, cabe a todos aviar todos os procedimentos básicos necessários para a instalação da nova Diocese. Sugerimos que, sobretudo, haja uma grande mobilização missionária em todas as Paróquias, preparando a criação de uma Igreja local viva e participativa. Uma nova diocese é uma nova “hora de Graça” do Espírito Santo de Deus, que anima e inspira para a Missão.

11. Todo começo é difícil! Poderá até mesmo exigir renúncias a gostos e preferências pessoais. Mas a esperança que não confunde, um amor a toda prova pela Igreja nos ajudarão a superar tudo.

12. Estamos convictos de que esta notícia será acatada por todos com grande entusiasmo e alegria. Acima de tudo, está em jogo a causa da Evangelização e da Missão – razão de ser da Igreja!

13. Recomendamos, mais uma vez, a nova Diocese e seu primeiro Pastor diocesano às orações de todos. Petrolina assume agora a missão de “Diocese-mãe”. E a “filha” que acaba de nascer continuará em seu coraçã0, merecerá todo carinho e apoio, tendo-se sempre em vista a causa maior da Missão e da Evangelização.

14. “Alegremo-nos todos no Senhor, de novo digo alegremo-nos”. Temos na Igreja uma nova Diocese!


Saúdo a todos fraternalmente,



+ Frei Paulo Cardoso – Bispo da Diocese de Petrolina.

BISPO DE SALGUEIRO

frei Magnus Henrique Lopes
Natural de Assu, no Rio Grande do Norte, frei Magnus nasceu no dia 31 de julho de 1965. Entrou para o Ordem dos Capuchinhos em 1988, cursando Filosofia na Faculdade de Filosofia do Recife e Teologia no Instituto Franciscano de Olinda. Foi ordenado padre no dia 21 de dezembro de 1996.
Com bacharelado em Psicologia pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió e mestrado em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana, em Roma, frei Magnus foi animador vocacional dos Capuchinhos do Nordeste, mestre de postulantes em Maceió, ecônomo em várias fraternidades da Província, vigário paróquia de diversas paróquias e vigário da Fraternidade Capuchinha de Maceió.

Atual guardião e ecônomo da Fraternidade do Convento Santo Antônio em Natal, frei Magnus foi também Definidor Provincial, ministro dos Capuchinhos do Brasil e diretor espiritual de diversos grupos, movimentos e pastorais.

CRIADA A DIOCESE DE SALGUEIRO

Foi criada hoje, 16, pelo papa Bento XVI, a nova diocese do Brasil. Trata-se da diocese de Salgueiro (PE), que é o desmembramento das dioceses de Petrolina (PE) e de Floresta (PE). Além da criação da nova diocese, o Papa também nomeou o seu primeiro bispo, que será frei Magnus Henrique Lopes, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

A nova diocese tem mais de 17 mil quilômetros quadrados de área, e conta com a população de aproximadamente 440 mil habitantes, destes, segundo dados da diocese de Petrolina, 352 mil são católicos. Como a sede é na cidade de Salgueiro, a diocese será composta pelos municípios de Verdejante, Cedro, Serrita, Terra Nova, Parnamirim, Granito, Moreilândia, Exu, Bodocó, Ouricuri, Trindade, Ipubi, Araripina e Cabrobó, dando um total de 17 paróquias, 14 sacerdotes, 28 seminaristas, seis frades e 16 freiras.

Segundo o bispo diocesano de Petrolina, dom frei Paulo Cardoso, na escolha de Salgueiro como sede diocesana foram considerados aspectos que facilitam a comunicação entre as regiões diocesanas e outras regiões importantes do estado de Pernambuco, como a posição econômica da região. Dom Paulo aproveitou para solicitar o empenho dos diocesanos, principalmente dos que comporão a nova diocese, no sentido de formar o patrimônio material para a nova diocese bem como, na formação da mentalidade de Igreja, de Povo de Deus (Cultura de diocese).

“A criação da nova diocese é um antigo sonho dos bispos que governaram a diocese de Petrolina, e o pedido de criação foi feito ainda no governo do bispo anterior, dom Gerardo Andrade Ponte, ganhando redobrada atenção minha”, destacou dom Cardoso.

Dom Paulo Cardoso explicou ainda um pouco da nova diocese. “O município de Salgueiro é passagem da importante rodovia que liga o Ceará ao Centro-Sul do País. Tendo sido concluída a nova ponte sobre o Rio São Francisco, na localidade denominada Ibó, a qual liga Pernambuco à Bahia, percebe-se já como se intensificou o movimento de caminhões e transportadoras na região. A cidade dispõe, além disso, de várias instituições e órgãos públicos e privados para os mais variados serviços”.

Conforme define o Código de Direito Canônico, “a diocese é uma porção do povo de Deus confiada ao pastoreio do bispo com a cooperação do presbitério, de modo tal que, unindo-se ela a seu pastor e, pelo Evangelho e pela Eucaristia, reunida por ele no Espírito Santo, constitua uma Igreja particular, na qual está verdadeiramente presente e operante a Igreja de Cristo una, santa, católica e apostólica” (cân. 369).

segunda-feira, 24 de maio de 2010

MÊS MARIANO

MÃES A EXEMPLO DE MARIA SANTISSIMA PARA A CONSTRUÇÃO DA NOVA SOCIEDADE
Na antiga aliança cria Deus o homem, percebendo que ele pode ficar sozinho, dar - lhe uma companheira, cria a mulher mãe das futuras gerações.

Na nova aliança o próprio Deus quer uma mãe e se encarna no seio da Virgem Maria.

Maria torna-se mãe de DEUS e desempenha com o amor a sua missão: ser mãe. Exerce, portanto um papel singular e indispensável na vida de Jesus: catequista educadora do seu filho e senhor.

O evangelho afirma que Jesus é o caminho, a verdade, a vida. Podemos afirmar então que Maria ensinou: caminho a andar, a verdade a falar, a vida a viver.

Maria é a mãe e serva fiel do senhor, mas do que a antiga Eva é mãe dos viventes,enquanto Eva recebe a visita da serpente e sede a tentação, Maria recebe do anjo o convite para se mãe da salvação e responde:eis aqui a serva do senhor faça-se em mim segundo a sua palavra.

As mães de hoje são convidadas a serem mães, a exemplo de Maria Santíssima.

Maria e Jose fogem, protegem o menino Jesus do rei Herodes, as mães devem proteger seus filhos dos Herodes de hoje.

Maria observa os acontecimentos e os guardava no coração (rezava)
As mães são convidadas a transformarem seus lares, no lar de Nazaré: uma verdadeira Igreja domestica lugar em que os filhos recebem o primeiro anuncio da fé, comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã. ( catecismo 1666)

Assim acontecendo teremos uma sociedade melhor, uma sociedade em que haja amor, em que se cultive os valore éticos, morais e sobre tudo evangélicos.

Recordemos pois, queridos irmãos que foi Maria quem gerou por obra e graça do espírito santo, aquele que nos trouxe a vida, como discípula e escolhida do pai, ela aceitou realizar o sonho de Deus e do seu povo: avinda do redentor e a libertação de toda a opressão.A escravidão no Egito deixou marcas profundas no povo de Deus, e, Maria grávida de Jesus recordando canto de outra Maria a irmã de Aarão(Ex15, 20).Alegrou-se pelas maravilhas que nela realizou o Deus da vida. Em sua visita a Izabel grávida de João batista, mostrou um novo rosto a humanidade, rosto de um Deus que se faz presente, na historia do seu povo pobre e sofredor, lá ela cantou o magnificat, profecia dos pobres e da esperança, da vida e da realização do reino.

Mães alegrem-se como Maria alegrou-se, louvem o senhor, pela graça de poder gerar a vida, realizem o sonho de DEUS hoje, transformem a sociedade com os vossos frutos, assim como Maria transformou o mundo com o fruto bendito do seu ventre.

Maria desde a concepção até a cruz apresentou-se sempre com discípula, guardava em seu coração tudo o que ouvia. Mães guardem nos vossos corações a palavra da fé comuniquem-na aos vossos filhos para que eles possam viver segundo ela.

Agora caríssimos somos povo de Deus irmanados na mesma fé, na mesma esperança da vida e da paz, da presença do reino e de seu anuncio no coração humano, convidados, a viver, a celebrar, e a testemunhar com ardor missionário a palavra de Deus para que a vida aconteça ente nós. Sejamos pois, discípulos missionários e acreditemos: é possível uma sociedade, uma vida melhor. Caminhemos na presença da mãe de Deus e nossa, a Virgem imaculada, neste mês a ela dedicado, confiemos a sua especial proteção: as nossos mães, nossos lares, nossa pátria, tudo o que temos, amamos e somos, supliquemos o auxilio de sua graça para que seja derretido o gelo dos corações, para que de nós se afastem todas as distrações, e assim com muita fé, piedade, recolhimento e fervor, possamos praticar exercícios de devoção, suplicando sempre as bênçãos do senhor, a conversão, à reconciliação, para a construção de uma nova sociedade.









Seminarista Edílson Rodrigues

sábado, 22 de maio de 2010

VOCAÇÃO SACERDOTAL



"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;" (I Pedro 2,9).

"O sacerdote, segundo a magnífica definição que dele nos dá São Paulo, é um homem retirado dentre os homens, mas constituído em nome do bem dos homens para as coisas de Deus, por isso sua missão não tem por objeto as coisas humanas e transitórias, por mais altas e importantes que pareçam, si não as coisas divinas e eternas". (Ad catholici sacerdotii Pío XI, sobre o sacerdócio católico Nº 10).



         Na vida do Presbítero, a oração ocupa necessariamente um lugar central. Não é difícil de entender, porque a oração cultiva a intimidade do discípulo com seu Mestre, Jesus Cristo. Todos sabemos que, ao esvaecer-se a oração, debilita-se a fé e o ministério perde conteúdo e sentido. A consequência existencial para o Presbítero exprime-se em menor alegria e felicidade no ministério quotidiano. É como se o Presbítero, ao seguir os passos de Jesus, lado a lado com tantos outros, perdesse o passo no caminho, ficando sempre mais para trás e mais distante do Mestre, até perdê-Lo de vista no horizonte. A partir de então, caminha sem rumo e vacilante.
         São João Crisóstomo, numa homilia, ao comentar a Primeira Carta de Paulo a Timóteo, adverte sabiamente: O diabo joga-se contra o pastor [...]. Com efeito, se matar as ovelhas o rebanho diminui; ao invés, eliminando o pastor, destruirá o rebanho inteiro. O comentário faz pensar em muitas situações hodiernas. Crisóstomo admoesta que a diminuição dos pastores faz e fará diminuir sempre mais o número dos fiéis e das comunidades. Sem pastores, nossas comunidades serão destruídas!
         Realmente, cada Presbítero é, por definição, portador de uma referência essencial à comunidade eclesial. Ele é um discípulo muito especial de Jesus, que o chamou e, pelo sacramento da Ordem, o configurou a Si como Cabeça e Pastor da Igreja. Cristo é o único Pastor, mas quis fazer participar a Seu ministério os Doze e seus Sucessores, mediante os quais também os Presbíteros, ainda que em grau inferior, são feitos participantes deste sacramento, de tal forma que também eles participem, a seu modo próprio, do ministério de Cristo, Cabeça e Pastor. Isso comporta um laço essencial do Presbítero com a comunidade eclesial. Ele não pode omitir-se no que diz respeito a essa responsabilidade, dado que a comunidade sem pastor se desfaz. A exemplo de Moisés deve permanecer de braços erguidos ao céu, em oração, para que o povo não pereça. (Cardeal Dom Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo Prefeito da Congregação para o Clero).

O sacerdote é como nos diz São João Maria Vianney o amor do coração de Jesus, pois é a plenitude de seu amor presente entre os homens, através de homens que em sua realidade humana vivem a antecipação da plenitude do mesmo no céu, ainda que seja no mundo. (Wagner Batista dos Santos, www.vocacao.org/content-asg.htm)

(...) A vocação sacerdotal e consagrada se apresenta por isso como uma eleição providente de Deus, profundamente gratuita, imprevista e desproporcionada a nossos cálculos e possibilidades humanas.
A vocação sacerdotal é o maior presente que Deus pode depositar nas almas. Do mesmo modo que chamou Pedro, são Tiago, João... e foi-lhes dizendo: 'Vem e segue-me', um dia Cristo fixou seu olhar em um jovem e disse: 'N., N.,N.,... vem, que eu te farei pescador de homens'. Ninguém respondeu ao sacerdócio por ação humana, mas porque o próprio Cristo no interior de suas almas pronunciou seu nome e os convidou a segui-lo. É um convite a grandes coisas: o que é melhor que ser embaixador do próprio Deus?
Cristo tem necessidade de cada um dos sacerdotes, como teve de Pedro, de São Tiago e de São João. Os sacerdotes são as mãos, os pés, os olhos, a mente, o coração de Jesus Cristo; são os canais e os meios pelos quais Ele vai comunicar-se à humanidade.
(...) Deus chama a cada jovem ao sacerdócio para que ele responda; chama a cada um, como pessoa. E a resposta a Deus é uma resposta pessoal. Nunca posso me escusar na falta de generosidade dos outros para justificar minhas atitudes. No caso de que os demais não viverem o cristianismo, de não se entregaram com entusiasmo ao trabalho apostólico, eu não tenho nenhum motivo para ficar atrás... Já dizia a Bíblia: 'Ainda que caiam dez mil à tua direita e dez mil à tua esquerda, tu segue adiante'. (Pe. Alexandre Paciolli, LC; canção nova).
Os sacerdotes empenhem-se com orações e boas obras, em obter do Sumo e Eterno Sacerdote Cristo a graça de resplandecer com a Fé, a Esperança, a Caridade e outras virtudes, e mostrem com o comportamento de vida, mas também com o aspecto exterior, que estão a dedicar-se plenamente ao bem espiritual do povo; o que, sobre todas as outras coisas, a Igreja teve sempre a peito.( James Francis Card. Stafford ; Penitenciário-Mor).

Senhor Jesus,
Vós quisestes dar a Igreja, em São João Maria Vianney, uma imagem vivente e uma personificação da caridade pastoral.
Ajudai-nos a viver bem este Ano Sacerdotal, em sua companhia e com o seu exemplo.
Fazei que, a exemplo do Santo Cura D’Ars, possamos aprender como estar felizes e com dignidade diante do Santíssimo Sacramento, como seja simples e quotidiana a vossa Palavra que nos ensina, como seja terno o amor com o qual acolheu os pecadores arrependidos, como seja consolador o abandono confiante à vossa Santíssima Mãe Imaculada e como seja necessária a luta vigilante e fiel contra o Maligno.
Fazei, ó Senhor Jesus que, com o exemplo do Cura D’Ars, os nossos jovens possam sempre mais aprender o quanto seja necessário, humilde e glorioso, o ministério sacerdotal que quereis confiar àqueles que se abrem ao vosso chamado.
Fazei que também em nossas comunidades, tal como aconteceu em Ars, se realizem as mesmas maravilhas de graça que fazeis acontecer quando um sacerdote sabe “colocar amor na sua paróquia”.Fazei que as nossas famílias cristãs saibam descobrir na Igreja a própria casa, na qual os vossos ministros possam ser sempre encontrados, e saibam fazê-la bela como uma igreja.
Fazei que a caridade dos nossos pastores anime e acenda a caridade de todos os fiéis, de tal modo que todos os carismas, doados pelo Espírito Santo, possam ser acolhidos e valorizados.
Mas, sobretudo, ó Senhor Jesus, concedei-nos o ardor e a verdade do coração, para que possamos dirigir-nos ao vosso Pai Celeste, fazendo nossas as mesmas palavras de São João Maria Vianney:
Eu Vos amo, meu Deus, e o meu único desejo é amar-Vos até o último suspiro da minha vida.
Eu Vos amo, Deus infinitamente amável, e prefiro morrer amando-Vos a viver um só instante sem Vos amar.
Eu Vos amo, Senhor, e a única graça que Vos peço é a de amar-Vos eternamente.
Eu Vos amo, meu Deus, e desejo o céu para ter a felicidade de Vos amar perfeitamente.
Eu Vos amo, meu Deus infinitamente bom, e temo o inferno porque lá não haverá nunca a consolação de Vos amar.
Meu Deus, se a minha língua não Vos pode dizer a todo o momento que Vos amo, quero que o meu coração Vo-lo repita cada vez que respiro.
Meu Deus, concedei-me a graça de sofrer amando-Vos e de Vos amar sofrendo.
Eu Vos amo, meu divino Salvador, porque fostes crucificado por mim e porque me tendes aqui em baixo crucificado por Vós.
Meu Deus, concedei-me a graça de morrer amando-Vos e de saber que Vos amo.
Meu Deus, à medida que me aproximo do meu fim, concedei-me a graça de aumentar e aperfeiçoar o meu amor.
Amém.
S. João Maria Vianney

(Sua Santidade Bento XVI)